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sábado, 10 de março de 2012

DESPERDÍCIO DE ÁGUA


DESPERDÍCIO DE ÁGUA
São Paulo, por exemplo, já está sofrendo racionamento de água. Isso sem citar o Nordeste que sempre enfrenta o problema da seca. A palavra do momento é economizar, afinal cada gota economizada é um ponto a mais na luta para a conservação da Água no Planeta.
Gastar mais de 200 litros de água por dia é jogar dinheiro fora e desperdiçar nossos recursos naturais. Veja como podemos economizar água - e dinheiro - sem prejudicar a saúde e a limpeza da casa e das pessoas.
O desperdício residencial é o campeão, sendo que no Brasil, o desperdício de água chega a 70% e nas residências temos até 78% do consumo de água de uma residência sendo gasto no banheiro. Tudo isto pode mudar com simples mudanças de hábitos.
Veja os exemplos a seguir:
No Banheiro:
Feche a torneira enquanto escova os dentes ou faz a barba. Uma torneira aberta pode consumir, por minuto, até 2,4 litros (numa casa) ou 16 litros (num apartamento).
Tome banhos rápidos. A cada minuto no banho você gasta de 3 a 9 litros.
Regule as válvulas de descarga.
As convencionais usam cerca de 40% de toda a água de uma casa ou escola.
Cada segundo que uma pessoa permanece com o dedo na descarga são 10 litros de água desperdiçados.
Na cozinha:
Limpe bem os pratos e panelas e jogue os restos de comida no lixo.
Deixe a louça na água para facilitar a lavagem.
Feche a torneira enquanto ensaboa e volte a abri-la apenas para enxaguar.
Ligue a máquina de lavar louça apenas quando estiver completa.
Na lavanderia:
Utilize a lavadora de roupa só quando ela estiver cheia e ligue no máximo três vezes por semana.
Reaproveite a água de chuva ou da máquina para lavar o chão da cozinha, área de serviço e quintal.
Nas áreas externas:
Varra as calçadas para retirar o lixo e use balde em vez de mangueiras.
Molhe as plantas com regador quando o sol estiver mais fraco.
Lave o carro utilizando o balde.
Prefira jardins a áreas cimentadas, favorecendo a infiltração da água no solo.
Manutenção:
Elimine vazamentos.
Troque ou conserte torneiras pingando.
Faça o teste do relógio de água.
Se os ponteiros continuarem rodando sem consumo, é sinal de vazamento.

A importância dos oceanos

Um dos mais complexos e intrincados sistemas do mundo é dos oceanos. Sua importância para a sociedade humana é vital. A IBM está dedicando muitos esforços em ajudar a entender e a desenvolver novas maneiras de nós usarmos de forma sustentável a potencialidade dos oceanos. É um dos temas centrais dos estudos do GIO (Global Innovation Outlook) e recentemente criamos o IBM Center of Excellence for Water Management, em http://www.ibm.com/news/ie/en/2008/06/16/d161543u03583x33.html .

Entender e estudar os oceanos não é simples. Na minha opinião, é também necessário mudarmos a visão unidimensional do mundo, com seu antagonismo entre preservação e respeito à natureza e o desenvolvimento econômico. Os inúmeros casos de degradação ambiental mostram claramente que já esgotamos este paradigma. Precisamos sim, mudar a visão de unidimensional para tridimensional, incorporando de forma integrada as dimensões econômicas, socais e ambientais. 

Podemos lembrar da famosa frase “A Terra é azul” dita pelo astronauta Yuri Gagárin em 1961 ao falar da cor dominante do planeta e que muitos pensam que foi por causa do azul do mar. Embora a cor azul seja resultado da refração da luz solar, a imagem do planeta água não é de todo impossível. A maior parte da superfície da Terra é coberta por água e desta, 97,5% estão nos oceanos e mares. Toda esta imensidão nos fez acreditar que jamais conseguiríamos afetar os ecossistemas oceânicos de forma significativa. 

Mas, infelizmente, começamos a ver claros sinais que estávamos enganados. A ação poluidora do homem está afetando e, em muito, os oceanos do planeta. 

Estes mesmos oceanos que vemos das praias e que não damos a devida importância ao seu papel na economia global e no próprio sistema climático. 

O ser humano sempre buscou ficar perto dos oceanos, para facilitar o transporte e comunicação e deles extraírem alimentação. Hoje quase metade da humanidade vive no litoral ou próximo a ele. A maioria das maiores cidades do planeta estão nas regiões costeiras. E estas regiões concentram a maior parte da infra-estrutura econômica da Terra.

Os recursos costeiros e marinhos representam um patrimônio natural cujos bens e serviços marinhos são estimados em mais de 21 trilhões de dólares anuais, mais de 70% superior aos sistemas terrestres. 

A pesca predatória tem causado o colapso de ecossistemas marinhos em grande parte dos oceanos. O volume de pescado estagnou na ultima década e a pesca comercial baseada na prática do arrasto é altamente perdulária, com cerca de 25% do volume pescado sendo descartado. Algumas espécies, como o atum, estão ameaçadas de extinção e outras como o bacalhau já mostram queda acentuada de sua população e cerca de 25% das espécies comerciais estão superexploradas.

Mas não é só a pesca predatória que afeta os oceanos. Resíduos da atividade humana, como lixo plástico, dejetos industriais, fertilizantes e substâncias químicas vão parar nos mares alterando a sua composição química, pois favorecem a proliferação de bactérias e algas, que por sua vez consomem o oxigênio da água, sufocando corais e comprometendo a cadeia alimentar. 

O lixo plástico é uma das maiores ameaças aos oceanos. Estima-se que existam pelo menos 46.000 peças de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados de oceanos. Para se ter uma idéia deste volume, podemos multiplicar a área dos oceanos (361 milhões de quilômetros quadrados) por 46.000 e chegaremos ao incrível numero de 625 bilhões e 600 milhões de peças de plástico que estão boiando hoje nos oceanos!

Deste total 4/5 chegam ao mar varridos pelo vento ou levados pelos rios e esgotos, e 1/5 lançados pelos navios. O lixo plástico na região da ilha de Midway, no Oceano Pacifico é responsável pela metade das 500.000 mortes de albatrozes que nascem a cada ano na ilha. Os albatrozes alimentam seus filhotes com pequenos pedaços de plástico, que confundem com comida. As algas tóxicas envenenam mamíferos marinhos que se alimentam, de sardinhas e enchovas que por sua vez, se alimentam destas algas. As toxinas provocam tremores, convulsões e comportamentos agressivos, colocando em risco a sobrevivência dos espécimes. As toxinas também enfraquecem o sistema imunológico dos animais marinhos, tornando-os vulneráveis a parasitas, bactérias e vírus. Já se encontraram no Havaí tartarugas marinhas com tumores do tamanho de uma maçã em volta dos olhos, na boca e atrás das nadadeiras.

As algas tóxicas também geram as conhecidas marés vermelhas, que são elevadas concentrações destas algas em águas próximas do litoral. A incidência destas marés vermelhas está cada vez maior. Por exemplo, no Golfo do México, há uma década atrás acontecia uma a cada dez anos e hoje acontece todo ano e que pode durar meses. As toxinas produzidas pelas marés vermelhas matam peixes e podem causar reações alérgicas nos seres humanos e mesmo provocar infecções intestinais caso sejam consumidos frutos do mar obtidos de regiões onde a maré vermelha ocorreu. Marés vermelhas são um claro sintoma de um oceano doente.

A falta de cuidados com os oceanos nos levam a despejar, sem tratamento, esgotos e resíduos industriais no mar, poluindo aqüíferos, mananciais e águas costeiras. A poluição pode afetar os ecossistemas marinhos de forma irremediável. Vamos dar exemplo: um fluxo constante de água doce contaminada com resíduos de insumos agrícolas e esgotos industriais e humanos é lançado no mar. Como a água doce não se mistura com as camadas mais profundas da água salgada do mar, criam-se duas camadas de água. A camada mais profunda é mais salgada e mais densa. A mais superficial, contaminada pelo excesso de nutrientes gerados pela poluição, favorece a proliferação de algas. Estas algas, ao morrerem, são depositadas no solo marinho, onde são degradadas por bactérias que consomem boa parte do oxigênio da água. E por causa dos baixos níveis de oxigênio, a vida marinha entra em colapso. Cria-se o que chamamos de zonas mortas. Segundo a ONU, o número de zonas mortas nos oceanos vem dobrando a cada década. Hoje já existem pelo menos 150 zonas mortas, sendo que uma delas está no entorno da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. 

Também as emissões de dióxido de carbono afetam os oceanos. Parte destas emissões vai para atmosfera e forma o chamado efeito estufa. Outra parte vai parar nos oceanos e torna a água mais ácida. O dióxido de carbono, em contato com o mar, se transforma em ácido carbônico e altera o nível de acidez – o chamado pH – da água. Nas últimas décadas o nível de acidez vem se reduzindo sistematicamente e caso mantenha este redução até o fim do século, o nível de acidez dos mares será vinte vezes maior que hoje. Muitas espécies de peixes e mamíferos marinhos simplesmente não sobreviverão.

Portanto, falar em sustentabilidade e preservação deste patrimônio natural é condição de sobrevivência para a população da Terra e não apenas de pescadores. A natureza começa a reagir. As mudanças climáticas contribuirão para elevação do nível do mar e alguns poucos metros a mais afetarão pelo menos um bilhão de pessoas que vivem à beira-mar.

A importância dos oceanos para a Biosfera

Os oceanos e mares exercem uma grande relevância para a biosfera. Do ponto de vista ambiental contribuem na composição e equilíbrio climático, uma vez que os fitoplânctons abrigam as cianobactérias responsáveis pela produção de grande parte do oxigênio do planeta juntamente com algumas espécies de algas marinhas. São o verdadeiro pulmão do mundo, uma vez que produzem mais oxigênio pela fotossíntese do que precisam na respiração, e o excesso é liberado para o ambiente.
O ambiente marinho, apesar de suas características e comportamento muito peculiar, não está isolado do restante do planeta. Ao contrário, forma com os continentes e com a atmosfera uma complexa unidade vital: a Biosfera.
O oceano e a atmosfera são dois fluidos em permanente interação e disso depende, e muito, o clima e as condições de vida na Terra.
O Sol, como fonte primeira de energia, é o grande motor dessa interação. Cerca de 40% da energia que chega à Terra é devolvida para o espaço. Dos 60% que ficam, cerca de um terço é absorvido pelas nuvens, vapores de água e outros gases presentes na atmosfera, como o gás carbônico e o ozônio. Os outros dois terços atravessam a atmosfera e são aproveitados pelos oceanos e continentes. Como os oceanos ocupam mais de 70% da superfície do planeta, eles recebem a maior parte da energia solar
A energia solar refletida é responsável pela luminosidade da Terra, para quem a vê do espaço. A energia absorvida, principalmente sob a forma de calor, promove o aquecimento e a circulação da atmosfera, gerando os ventos, frente frias e outros fenômenos atmosféricos e climáticos. E também provoca, anualmente, a evaporação de uma camada de 91 centímetros de água de todos os oceanos. Estima-se que da energia solar que incide sobre as camadas superiores da atmosfera, apenas de 1 a 2% é utilizada na fotossíntese e passa a entrar nos ecossistemas.
Como a capacidade da água de absorver calor é muito maior do que a da atmosfera, isso torna o oceano um grande reservatório de calor. Apenas os três primeiro metros de camada de água dos oceanos é capaz de armazenar tanto calor quanto toda a atmosfera. Calor esse que resulta, em boa parte, na maior contribuição do mar para a atmosfera: a formação de nuvens.
As nuvens são formadas pelo vapor da água que se condensa em torno de algumas substâncias químicas presentes na atmosfera, conhecidas como aerossóis de sulfato, que constituem os núcleos formadores de nuvens. A maior fonte natural destas substâncias é o dimetilsulfeto, um gás produzido pelas algas do fitoplâncton que é liberado para a atmosfera. Outra importante fonte são os gases poluentes exalados pelos navios que ao queimarem combustíveis fósseis liberam sulfetos.
As nuvens têm um papel importante no controle climático da Terra, aumentando ou diminuindo a capacidade de reflexão da energia solar e interferindo no equilíbrio térmico do planeta.
E as interações entre o mar e o ar não param por aí. A energia do sol atinge a superfície da Terra com mais intensidade na faixa tropical do que nas regiões polares. Esse aquecimento diferenciado produz massas de ar com temperaturas diferentes. Para que exista um equilíbrio, essas massas de ar se movimentam e provocam os ventos, que por sua vez atuam na superfície dos oceanos gerando as ondas. As ondas ajudam a manter homogênea a temperatura da água nos primeiros dez metros do mar, que é a região em que mais de 60% da energia do sol é absorvida. Enfim, o oceano é um grande regulador térmico da atmosfera, cedendo e retirando calor quando é necessário.

Ciclo da Água

O que é o ciclo da água?

ciclo-da-agua
O nome científico do ciclo da água é ciclo hidrológico!
É assim que chamamos a troca constante que a água faz entre a terra, mares, rios florestas e a atmosfera.
De maneira simplificada, podemos dizer que o ciclo da água envolve a constante mudança de estado físico desse elemento. Ou seja, na natureza a água se torna ora líquida, ora gasosa... e para isso conta com ajuda da energia do sol.
O sol provoca a evaporação dos oceanos, lagos, rios e lençóis subterrâneos.
Evaporação é a passagem da água do estado líquido para o gasoso, quando ela assume a forma de vapor. A evaporação também ocorre durante a respiração dos animais e plantas.
Como vapor, a água vai para camadas mais altas da atmosfera e forma as nuvens.
Quando a condensação aumenta nas nuvens, o vapor d'água se transforma novamente em líquido. Assim, a água volta novamente para a superfície da terra como gotas de chuva, o que chamamos de precipitação.
Em lugares frios essa água cai em forma de flocos de neve.
Sobre a superfície, a água da chuva escoa para formar os oceanos, lagos, rios e lençóis subterrâneos... e assim, o ciclo da água recomeça.

10 dicas para economizar água

A água é essencial para a vida no planeta, por isso vale seguir estas 10 dicas para evitar desperdícios e poupar este elemento tão valioso!
banho
1 - Tome banhos rápidos... e aproveite para fazer xixi no chuveiro também!
beba-agua
2 - Beba água para se hidratar. Mas coloque no copo somente a água que você vai beber, para não ter que jogar fora o que sobrar!
descarga
3  - Exagerar na descarga do banheiro é jogar água no lixo! Não faça isso!
canomal
4 - Vazamentos? Chame um encanador rapidinho! Além de desperdício de água é prejuízo na certa!
lavarmao
5 - Antes de comer, lave as mãos! Mas feche a torneira enquanto ensaboar-se!
livro
6 - Ao sair do seu quarto, da sala, etc economize a água das hidrelétricas: apague a luz!
canobom
7 - Uma boa tubulação evita o desperdício de água e mantém sua casa livre do mofo!
pia
8 - Lembre de fechar a torneira quando estiver escovando os dentes! E avise o papai para fazer o mesmo na hora de fazer a barba!
torneira
9 - Para lavar o carro ou o quintal, é melhor usar um balde! O uso da mangueira gasta muita água!
vaso
10 - Jogue água nas plantinhas, mas não exagere: elas podem se afogar!
sorriso
Seguindo estas dicas você estará ajudando nosso planeta a ser um lugar bem melhor para se viver! Parabéns!


22 de Março é o Dia Mundial da Água

Em 22 de março de 1992 a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou a “Declaração Universal dos Direitos da Água” para que as pessoas se conscientizassem da importância da água para a vida humana.

No ano seguinte, o Dia Mundial da Água (DMA) foi definido como o dia 22 de março, também pela Assembléia Geral da ONU, por meio da resolução A/RES/47/193 de fevereiro de 1993. Ele foi criado para que os povos de todo o mundo possam discutir, pensar e tomar atitudes positivas em relação aos recursos hídricos disponíveis no planeta.

A criação do Dia Mundial da Água está de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, contidas no capítulo 18 (Recursos hídricos) da Agenda 21.

Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º
 - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Vídeo: Feche a torneira ao escovar os dentes!

Nesta animação da "Sesame Street" a dica é sobre economia de água na hora de escovar os dentes. Nem é preciso saber inglês para descobrir qual é o diálogo entre o peixinho e o garoto!

Vídeo: O Ciclo da Água (NASA)

Animação, feita pela NASA/Goddard Space Flight Center, mostra o ciclo da água de forma didática e clara. Observe que é o calor do sol que provoca a evaporação da molécula de água. Ela se condensa em nuvens e volta a cair na terra como chuva ou como neve, dependendo da temperatura. Por último, a molécula retorna onde tudo começou... ao oceano.

Vídeo: Economize água no banho

Quando o hipopótamo demora demais em seu banho e acaba com a água, todos os animais reclamam! Fica a dica: com banhos mais rápidos nós economizamos a água do planeta! Este vídeo faz parte da série “The Animals Save the Planet” da “Animal Planet“, onde os bichos dão dicas de como ter um estilo de vida amigo da natureza!


Vídeo sobre os Estados da Água com a música We Will Rock You

Esta animação mostra o personagem feito de água, Waterboy, em diversas situações! Ele demonstra os estados da água de uma forma bem criativa! Este vídeo fez parte de uma campanha promocional da água mineral Evian, de 2003, mas ainda muito atual!

Poluição das águas oceânicas
















Na sociedade moderna fala-se muito a respeito dos impactos ambientais que o homem tem promovido na natureza e que vêm modificando negativamente a atmosfera, a litosfera e também a hidrosfera. 
A hidrosfera é um elemento da biosfera que se divide, especialmente, em águas continentais e oceânicas. 

Os oceanos e mares sempre serviram o homem, e continuam desempenhando um importante papel nas sociedades modernas. Apesar de sua suma importância, os oceanos não são preservados pelo homem, pelo contrário, o que se percebe é um enorme descaso com os ambientes marinhos. Os oceanos possuem grande capacidadede regeneração, ou seja, conseguem diluir a poluição. No entanto, a quantidade de poluição (esgotos, produtos químicos, petróleo, entre outros) lançada nas águas marinhas nas últimas décadas é maior que a capacidade de regeneração. Estima-se que cerca de 14 bilhões de toneladas de poluentes atingem os oceanos anualmente. 

Diante da enorme quantidade de dejetos despejados nas águas marinhas, o litoral passa a concentrar um grande volume de elementos orgânicos. Isso propicia um aumento na quantidade de microrganismos que são altamente prejudiciais aos animais marinhos, além de comprometer o ciclo da cadeia alimentar. 

Diariamente são lançados nos oceanos milhões de toneladas de lixo (oriundos dos centros urbanos e também da zona rural). Os principais agentes poluidores são: esgotos, resíduos industriais, lixo e fertilizantes agrícolas. 

A contaminação das águas marinhas produz vários agravantes, dentre eles, extinção de pontos turísticos litorâneos, diminuição da oferta de peixes e contaminação dos mesmos, em razão do esgoto. Outro caso grave de poluição oceânica é contaminação das águas por petróleo, que acontece por vazamentos ou mesmo quando se lava os tanques dos navios petroleiros. 

Por Eduardo De Freitas

A água, tal como o Sol, é essencial para a vida na Terra. As plantas verdes captam a energia radiante solar

A água, tal como o Sol, é essencial para a vida na Terra. As plantas verdes captam a energia radiante solar e utilizam-na no processo da fotossíntese que transforma, por meio de reações químicas, a água, o dióxido de carbono e sais minerais em compostos orgânicos, que são indispensáveis aos seres vivos como fonte de energia e para constituição e renovação das células.

A fotossíntese liberta ainda oxigênio livre para a atmosfera que permite a respiração aeróbia. Assim, só depois do aparecimento na Terra da fotossíntese se puderam desenvolver os animais. Estes não têm, como as plantas verdes, capacidade para fabricar compostos orgânicos a partir de um ambiente inorgânico e, por isso, nutrem-se de plantas e outros animais, formando-se cadeias alimentares.

Os conhecimentos de biologia permitem afirmar, com pequena margem de incerteza, que a Vida apareceu primitivamente na água, sob formas muito rudimentares. As espécies foram-se aperfeiçoando sucessivamente e algumas delas evoluíram para se adaptar à vida terrestre e aérea.

Nem toda a água absorvida pelas plantas é utilizada na fotossíntese. Uma parte é emitida para a atmosfera, sob a forma de vapor, por transpiração, através de pequenos orifícios das folhas, os estomas.

A transpiração das plantas e a evaporação direta da água da superfície do Globo constituem um dos mais importantes fluxos da água e é um elemento regularizador dos climas.

A água é a substância que existe em maior quantidade nos seres vivos. Representa cerca de setenta por cento do peso do corpo humano. Além de entrar na constituição dos tecidos, a água é o dissolvente que transporta as substâncias não aproveitadas pelo organismo. A falta de água provoca a debilidade ou até a morte dos seres vivos.

O homem necessita ingerir líquido numa quantidade diária de dois a quatro litros. Pode sobreviver 50 dias sem comer, mas perece após 4 dias sem água, em média.
Essencial à Vida 
As mais bonitas imagens da Terra, aquelas que são agradáveis aos olhos, à imaginação, as que são um convite ao relaxamento, sempre têm a água em sua composição: as ondas do mar, as cachoeiras, um riacho cristalino, a neve sobre as montanhas, os lagos espelhados, a chuva caindo sobre as plantas, o orvalho...

A ciência tem demonstrado que a vida se originou na água e que ela constitui a matéria predominante nos organismos vivos. É impossível imaginar um tipo de vida em sociedade que dispense o uso da água: água para beber e cozinhar; para a higiene pessoal e do lugar onde vivemos; para uso industrial; para irrigação das plantações; para geração de energia; e para navegação.

A água é um elemento essencial à vida. Mas, a água potável não estará disponível infinitamente. Ela é um recurso limitado. Parece inacreditável, já que existe tanta água no planeta!
Quantidade e Composição 

A água ocupa 70% da superfície da Terra. A maior parte, 97%, é salgada. Apenas 3% do total é água doce e, desses, 0,01% vai para os rios, ficando disponível para uso. O restante está em geleiras, icebergs e em subsolos muito profundos. Ou seja, o que pode ser potencialmente consumido é uma pequena fração.

Há muita coisa a saber a respeito da água. Ela está presente nos menores movimentos do nosso corpo, como no piscar de olhos. Afinal, somos compostos basicamente de água.

Esse líquido precioso está nas células, nos vasos sangüíneos e nos tecidos de sustentação. Nossas funções orgânicas necessitam da água para o seu bom funcionamento. Em média, um homem tem aproximadamente 47 litros de água em seu corpo. Diariamente, ele deve repor cerca de 2 litros e meio. Todo o nosso corpo depende da água, por isso, é preciso haver equilíbrio entre a água que perdemos e a água que repomos.

Quando o corpo perde líquido, aumenta a concentração de sódio que se encontra dissolvido na água. Ao perceber esse aumento, o cérebro coordena a produção de hormônios que provocam a sede. Se não beber água, o ser humano entra em processo de desidratação e pode morrer de sede em cerca de dois dias.

A água é composta por dois elementos químicos: Hidrogênio e Oxigênio, representados pela fórmula H2O. Como substância, a água pura é incolor, não tem sabor nem cheiro.

Quimicamente, nada se compara à água. É um composto de grande estabilidade, um solvente universal e uma fonte poderosa de energia química. A água é capaz de absorver e liberar mais calor que todas as demais substâncias comuns.

Quando congelada, ao invés de se retrair, como acontece com a maioria das substâncias, a água se expande e, assim, flutua sobre a parte líquida, por ter se tornado "mais leve". De acordo com leis da física, isso não deveria acontecer. Por causa dessa propriedade incomum da água é que os rios, lagos e oceanos, ao congelarem, formam uma camada de gelo na superfície enquanto o fundo permanece líquido. No que diz respeito a uma série de propriedades físicas e químicas, a água é uma verdadeira exceção à regra.

A Terra está a uma distância do sol que permite a existência dos três estados da água: sólido, líquido e gasoso.
O ciclo da Água 

A água desenvolve um ciclo. O chamado ciclo da água é o caminho que ela percorre. A chuva, basicamente, é o resultado da água que evapora dos lagos, rios e oceanos, formando as nuvens. Quando as nuvens estão carregadas, soltam a água na terra. Ela penetra o solo e vai alimentar as nascentes dos rios e os reservatórios subterrâneos. Se cai nos oceanos, mistura-se às águas salgadas e volta a evaporar, chove e cai na terra.

A quantidade de água existente no planeta não aumenta nem diminui. A abundância de água é relativa. É preciso levar em conta os volumes estimados de água acumulados e o tempo médio que ela permanece nos ambientes terrestres. Por exemplo: nos rios o volume estimado de água é de 1700 quilômetros cúbicos e o tempo de permanência no leito é de duas semanas. As geleiras e a neve têm 30 milhões de quilômetros cúbicos e a água deve ficar congelada por milhares de anos. A água atmosférica tem o volume de 113 mil quilômetros cúbicos e permanece por 8 a 10 dias no ar.

Acredita-se que a quantidade atual de água seja praticamente a mesma de há 3 bilhões de anos. Isto porque o ciclo da água se sucede infinitamente. Não seria engraçado se o alimento que comemos ontem tivesse sido preparado com as águas que, tempos atrás, foram utilizadas pelos romanos em seus famosos banhos coletivos?
Qualidade da Água 

A água pode ser saudável ou nociva. Na natureza não existe água pura, devido à sua capacidade de dissolver quase todos os elementos e compostos químicos. A água que encontramos nos rios ou em poços profundos contém várias substâncias dissolvidas, como o zinco, o magnésio, o cálcio e elementos radioativos.

Dependendo do grau de concentração desses elementos, a água pode ou não ser nociva.

Para ser saudável, a água não pode conter substâncias tóxicas, vírus, bactérias, parasitos.

Quando não tratada, a água é um importante veículo de transmissão de doenças, principalmente as do aparelho intestinal, como a cólera, a amebíase e a disenteria bacilar, além da esquistossomose.

Essas são as mais comuns. Mas existem outras, como a febre tifóide, as cáries dentárias, a hepatite infecciosa.

O consumo de uma água saudável é fundamental à manutenção de um bom estado de saúde. Existem estimativas da Organização Mundial de Saúde de que cerca de 5 milhões de crianças morrem todos os anos por diarréia, e estas crianças habitam de modo geral os países do Terceiro Mundo. Existem alguns cuidados que são fundamentais. O acesso à água tratada nem sempre existe na nossa população - principalmente na população de periferia. Deve-se tomar muito cuidado porque a contaminação dessa água nem sempre é visível. A água de poço e a água de bica devem ser usadas com um cuidado muito especial, porque muitas vezes estão contaminadas por microrganismos que não são visíveis a olho nu. Mesmo com a água tratada deve-se ter alguma cautela, porque muitas vezes há contaminação na sua utilização: recipientes que são utilizados com falta de higiene, mãos que não são suficientemente bem lavadas... Todos esses fatores podem estar interferindo num caso de diarréia. Muitas outras doenças importantes também podem ser causadas pela água contaminada.

A água também se encontra ameçada pela poluição, pela contaminação e pelas alterações climáticas que o ser humano vem provocando. Além do perigo que representa para a saúde e bem-estar do homem, a degradação ambiental é apontada pela Organização Mundial de Saúde como uma importante ameaça ao desenvolvimento econômico. Em geral, uma pessoa só toma consciência da importância da água quando ela lhe falta...
Enchentes 
Enchente não é, necessariamente, sinônimo de catástrofe. É apenas um fenômeno natural dos regimes dos rios. Não existe rio sem enchente. Por outro lado, todo e qualquer rio tem sua área natural de inundação. As inundações passam a ser um problema para o homem quando ele deixa de respeitar esses limites naturais dos rios. Por exemplo, quando remove as várzeas e quando se instala junto às margens. Ou então quando altera o ambiente de modo a modificar a magnitude e o regime das enchentes, quando desmata, remove a vegetação e impermeabiliza o solo.

As alterações que o homem provoca na bacia hidrográfica, alterando suas características físicas, também aumentam o prejuízo dessas enchentes. Como o homem altera as características da bacia?

De diversas formas. A primeira, ou a mais importante, é quando ele suprime a cobertura vegetal e introduz obras com características de impermeabilização do solo, como construção de casas, telhados, pavimentação de ruas, quintais etc.

Perdemos a capacidade de retenção da água através da vegetação e perdemos também a capacidade de infiltração dessa água no solo. Por conseguinte, os volumes de água que chegarão nos rios serão sempre maiores. E, portanto, os prejuízos das inundações também serão maiores.

A pergunta que fica é: como podemos enfrentar o problema dos prejuízos decorrentes das inundações? 
Existem basicamente três formas:
 a primeira é não ocupar as áreas de inundação;

 a segunda é não alterar - ou alterar o menos possível - as características físicas da bacia hidrográfica.

E, por último, através da implantação de obras de contenção de cheias, como a construção de barragens, reservatórios, construção de diques para proteção de áreas de riscos altos de inundação, enfim, outras obras de engenharia, do tipo desassoreamento de rios e ampliação de seus leitos.

Todas essas obras têm uma característica comum: são extremamente caras e onerosas para a sociedade. Conquanto tenha um certo grau de eficiência, nós podemos dizer que elas não são absolutamente eficazes porque, mesmo contando com essas obras, sempre haverá um evento de chuva, um evento de cheia que provocará uma inundação maior do que aquelas para as quais essas obras foram projetadas.
A Água no Planeta

A água tem se tornado um elemento de disputa entre nações. Um relatório do Banco Mundial, datado de 1995, alerta para o fato de que "as guerras do próximo século serão por causa de água, não por causa do petróleo ou política".

Hoje, cerca de 250 milhões de pessoas, distribuídos em 26 países, já enfrentam escassez crônica de água.

Em 30 anos, o número de pessoas saltará para 3 bilhões em 52 países. Nesse período, a quantidade de água disponível por pessoa em países do Oriente Médio e do norte da África estará reduzida em 80 por cento. A projeção que se faz é que, nesse período, 8 bilhões de pessoas habitarão a terra, em sua maioria concentradas nas grandes cidades. Daí, será necessário produzir mais comida e mais energia, aumentando o consumo doméstico e industrial de água. Essas perspectivas fazem crescer o risco de guerras, porque a questão das águas torna-se internacional.

Em 1967, um dos motivos da guerra entre Israel e seus vizinhos foi justamente a ameaça, por parte dos árabes, de desviar o fluxo do rio Jordão, cuja nascente fica nas montanhas no sul do Líbano. O rio Jordão e seus afluentes fornecem 60 por cento da água necessária à Jordânia. A Síria também depende desse rio.

A populosa China também sofre com o problema. O grande crescimento populacional e a demanda agroindustrial estão esgotando o suprimento de água. Das 500 cidades que existem no país, 300 sofrem com a escassez de água. Mais de 80 milhões de chineses andam mais de um quilômetro e meio por dia para conseguir água, e assim acontece com inúmeras nações.

Um levantamento da ONU aponta duas sugestões básicas para diminuir a escassez de água: aumentar a sua disponibilidade e utilizá-la mais eficazmente. Para aumentar a disponibilidade, uma das alternativas seria o aproveitamento das geleiras; a outra seria a dessalinização da água do mar.

Esses processos são muito caros e tornam-se inviáveis para a maioria dos países que sofrem com a escassez. É possível, ainda, intensificar o uso dos estoques subterrâneos profundos, o que implica utilizar tecnologias de alto custo e o rebaixamento do lençol freático.
A Água no Brasil 

O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água. Sua distribuição, porém, não é uniforme em todo o território nacional.

A Amazônia, por exemplo, é uma região que detém a maior bacia fluvial do mundo. O volume d'água do rio Amazonas é o maior do globo, sendo considerado um rio essencial para o planeta. Essa é, também, uma das regiões menos habitadas do Brasil.

Em contrapartida, as maiores concentrações populacionais do país encontram-se nas capitais, distantes dos grandes rios brasileiros, como o Amazonas, o São Francisco e o Paraná. E há ainda o Nordeste, onde a falta d'água por longos períodos tem contribuído para o abandono das terras e para a migração aos centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, agravando ainda mais o problema da escassez de água nessas cidades.

Além disso, os rios e lagos brasileiros vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível para captação e tratamento.

Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, rios como o Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação pelo mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino. E nas grandes cidades esse comprometimento da qualidade é causado principalmente por despejos domésticos e industriais.

Se a bacia é ocupada por florestas nas condições naturais, essa água vai ter uma boa qualidade porque vai receber apenas folhas, alguns resíduos de decomposição de vegetais, uma condição perfeitamente natural.

Mas, se essa bacia começar a ser utilizada para a construção de casas, para implantação de indústrias, para plantações, então a água começará a receber outras substâncias além daquelas naturais, como, por exemplo o esgoto das casas e os resíduos tóxicos das indústrias e das substâncias químicas aplicadas nas plantações.

Isso vai contribuir para que a água vá piorando de qualidade. Por isso ela deve ser protegida na fonte, na bacia. Essa água, depois, vai ser submetida a um tratamento para ser usada pela população. Mas, mesmo a estação de tratamento tem suas limitações. Ela retira com facilidade os produtos de uma floresta, de uma condição natural.

Mas esgotos pioram muito, e a presença de substâncias tóxicas vai tornando esse tratamento cada vez mais caro. Acima de um certo limite, o tratamento nem mais é possível, porque existe uma limitação para a capacidade depuradora de uma estação de tratamento. Então, a água se torna totalmente imprestável.

Esses problemas atingem também os principais rios e represas das cidades brasileiras, onde hoje vivem 75% da população:

 Em Porto Alegre, o rio Guaíba está comprometido pelo lançamento de resíduos domésticos e industriais, além de sofrer as conseqüências do uso inadequado de agrotóxicos e fertilizantes.

 Brasília, além de enfrentar a escassez de água, tem problemas com a poluição do lago Paranoá.

 A ocupação urbana das áreas de mananciais do Alto Iguaçu compromete a qualidade das águas para abastecimento de Curitiba.

 O rio Paraíba do Sul, além de abastecer a região metropolitana do Rio de Janeiro, é manancial de outras importantes cidades de São Paulo e Minas Gerais, onde são graves os problemas devido à mineração de areia, ao garimpo, à erosão, aos desmatamentos e aos esgotos.

 Belo Horizonte já perdeu um manancial para abastecimento - a lagoa da Pampulha - que precisou ser substituído pelos rios Serra Azul e Manso, mais distantes do centro de consumo. Também no rio Doce, que atravessa os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a extração de ouro, o desmatamento e o mau uso do solo agrícola provocam prejuízos enormes à qualidade de suas águas.

 O Estado de São Paulo sofre com a escassez de água e com problemas decorrentes de poluição em diversas regiões: no Alto Tietê junto à região metropolitana; no rio Turvo; no rio Sorocaba, entre outros.

Em seu processo de crescimento, a cidade foi invadindo os mananciais que outrora eram isolados , estavam distantes da ocupação urbana. E também é muito importante frisar que toda ação que ocorre numa bacia hidrográfica vai afetar a qualidade da água desse manancial. Não é simplesmente a ação em torno do espelho d'água que faz com que você degrade mais ou menos.

Muito pelo contrário: pode ocorrer o surgimento de uma área industrial distante desse espelho d'água principal, mas com grande capacidade de poluição e, portanto, com possibilidade de degradar totalmente esse manancial.

 Os corpos d'água são entes vivos. Eles conseguem se recuperar, mas possuem um limite. Portanto, é muito importante que a população esteja consciente de que é preciso disciplinar todo tipo de uso e ocupação do solo das bacias hidrográficas, principalmente das bacias cujos cursos d'água formam os mananciais que abastecem a população.
A Água e seu Consumo 
A proteção dos mananciais que ainda estão conservados e a recuperação daqueles que já estão prejudicados são modos de conservar a água que ainda temos. Mas isso apenas não basta. É preciso fazer muito mais para alcançarmos esse objetivo de modo que o uso se torne cada vez mais eficaz.

Mas, o que fazer? Qual o papel de cada cidadão? Cada um de nós deve usar a água com mais economia.

Na agricultura, por exemplo, o desperdício de água é muito grande. Apenas 40% da água desviada é efetivamente utilizada na irrigação. Os outros 60 por cento são desperdiçados, porque se aplica água em excesso, se aplica fora do período de necessidade da planta, em horários de maior evaporação do dia, pelo uso de técnicas de irrigação inadequadas ou, ainda, pela falta de manutenção nesses sistemas de irrigação.

Na indústria é possível desenvolver formas mais econômicas de utilização da água através da recirculação ou reuso, que significa usar a água mais do que uma vez. Por exemplo, na refrigeração de equipamentos, na limpeza das instalações etc. Essa água reciclada pode ser usada na produção primária de metal, nos curtumes, nas indústrias têxteis, químicas e de papel.

Nos sistemas de abastecimento de água uma quantidade significativa da água tratada - 15 % ou mais - é perdida devido a vazamentos nas canalizações, assim como dentro de nossas casas.

É fácil observar como a população colabora na conservação da água em cidades que têm problemas de abastecimento ou onde existe pouca água. Ou, ainda, onde a água é muito cara.

Nessas cidades, as pessoas costumam usar a mesma água para diferentes finalidades. Por exemplo, a água usada para lavar roupa é depois usada para lavar quintal.

As pessoas ainda mudam seus hábitos para usar a água na hora em que ela está disponível; evitam vazamentos; só regam jardins e plantas na parte da manhã ou no final da tarde; lavam seus carros apenas eventualmente; não lavam calçadas, apenas varrem; não instalam válvulas de descarga nos vasos sanitários e sim caixas de descarga, que são mais econômicas e produzem o mesmo resultado e conforto.

O crescente agravamento da falta de água tem levado as pessoas a estabelecer uma nova forma de pensar e agir, inclusive mudando seus hábitos, usos e costumes. Essa forma de pensar e agir visa o crescimento econômico respeitando a capacidade dos recursos do meio ambiente, sobretudo a água.

A conscientização e a educação do povo, do consumidor, são fundamentais.

Racionalizar o uso da água não significa ficar sem ela periodicamente. Significa usá-la sem desperdício, considerá-la uma prioridade social e ambiental, para que a água tratada, saudável, nunca falte em nossas torneiras.