Seguidores

sábado, 10 de março de 2012

A água podera se acabar

Dois terços da superfície do planeta  são cobertos por água. Mas, apesar disso, a água boa para consumo humano está cada vez mais escassa. Quem vê uma foto do planeta feita do espaço pode pensar que água é algo que nunca vai faltar. Afinal, esse líquido incolor, insípido e inodoro, vital para a vida, ocupa mais de dois terços da superfície da Terra. NADA MAIS ENGANOSO. Embora tenhamos 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos, só podemos usar uma gota desse manancial. Só 2,5% da água do mundo é doce. Dois terços da superfície do planeta são cobertos por água




Dois terços da superfície do planeta são cobertos por água. Mas, apesar disso, a água boa para consumo humano está cada vez mais escassa. Quem vê uma foto do planeta feita do espaço pode pensar que água é algo que nunca vai faltar. Afinal, esse líquido incolor, insípido e inodoro, vital para a vida, ocupa mais de dois terços da superfície da Terra. NADA MAIS ENGANOSO. Embora tenhamos 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos, só podemos usar uma gota desse manancial. Só 2,5% da água do mundo é doce. Dessa pequena parte, tire dois terços, confinados nas calotas polares e no gelo eterno das montanhas. Do que sobrou, desconsidere a maior parte, escondida no subsolo. Resultado: a água pronta para beber e fácil de captar está nos rios e lagos, num total de 90 mil quilômetros cúbicos, ou 0,26% do estoque mundial. Mas nem essa porção está inteiramente disponível. Para não esgotar o precioso líquido, só podemos utilizar a água renovável pelas chuvas. E aí chegamos a um limite de consumo de 34 mil quilômetros cúbicos anuais, ou 0,002% das águas do planeta. Nem uma gota a mais. Hoje consumimos metade do estoque disponível. Em 35 anos estima-se que o consumo terá dobrado, ou seja, estaremos utilizando toda a água que o planeta produz. A água não serve apenas para beber. Ela é necessária também como destino final de bilhões de litros de resíduos que a humanidade produz todo dia. Para essa finalidade, a escassez é ainda pior. Há hoje 2,4 bilhões de pessoas, ou 40% da população, sem condições adequadas de saneamento básico. Mas afinal, a escassez de água pode por em cheque nossa sobrevivência? Para os ambientalistas mais radicais, a água está com os dias contados, a não ser que haja um freio no consumo. Para outros o cenário é menos apavorante, pois há indícios de que o consumo começa a regredir. Hoje há mais de 500 conflitos entre paises envolvendo disputas pela água, muitos deles com uso de força militar. Nada menos que 18 desses conflitos violentos envolvem o governo israelense, que vive brigando pelo líquido com os vizinhos. Na África também houve conflitos. As relações entre Botsuana e Namíbia, por exemplo, ficaram estremecidas depois que a Namíbia anunciou um plano de aqueduto para desviar um rio compartilhado pelo dois países. A qualidade da água é outro fator crucial. Nos paises em desenvolvimento, diz a ONU, até 90% do esgoto é lançado nas águas sem tratamento. Todos os anos, de 300 a 500 milhões de toneladas de metais pesados, solventes, produtos tóxicos e outros tipos de dejetos são jogados na água pelas industrias. Cerca de 2 bilhões de toneladas de lixo são despejados em rios, lagos e riachos todos os dias. Mas, apesar de ser um recurso tão frágil e escasso, a água ainda é muito desperdiçada. De toda a água utilizada, fica , 10% vai para o consumo humano, 20% fica com a industria e o restante, 70%, é utilizado na agricultura. Porem o desperdício e o uso irracional são uma constante em todos esses setores. Vazamentos, métodos obsoletos e desperdício drenam cerca de 50% da água usada para beber e 60% da água de irrigação. Com a tecnologia disponível atualmente, a agricultura poderia reduzir sua taxa de uso em até 50%, as industrias em 90% e as cidades em um terço sem prejudicar a produção econômica ou a qualidade de vida. Mas, em meio a divergências sobre a posse e o destino da água, já aflorou um consenso mínimo. Especialistas, empresas e ecologistas concordam que ameaça de escassez é real, mas que há tempo para evitá-la. Para isso, é preciso estancar o desperdício, recuperar as reservas poluídas, garantir o direito à água para os mais pobres e criar projetos de educação ambiental. A educação, dizem os especialistas, é importante porque a ação de cada um é maior do que qualquer intervenção que governos ou empresas podem fazer. Saber qual é a verdadeira dimensão da ameaça é o primeiro passo para vencer o problema. Por tanto, a partir de agora, você usará a água de forma racional e conterá os desperdícios por onde passar. Onde pesquisar mais: •www.ana.gov.br •www.tvcultura.com.br/aloescola/ ciencias/agua-bemlimitado •Superinteressante nº 189 Só 2,5% da água do mundo é doce

Nenhum comentário:

Postar um comentário